Odontologia nas DTM e Dores Orofaciais

DTM Muscular – Dor miofascial (DMF)

A DMF vem de áreas hipersensíveis dos músculos chamadas pontos álgicos. Essas áreas, bem localizadas nos tecidos musculares ou em suas inserções tendinosas, são geralmente sentidas como áreas enrijecidas quando palpadas, as quais produzem dor.

Sugere-se que algumas terminações nervosas localizadas em tecidos musculares podem ser sensibilizadas por algumas substâncias algogênicas, produzindo dor. O ponto álgico é uma região bem circunscrita, na qual apenas algumas unidades motoras parecem se contrair. Esses pontos são uma fonte constante de dor profunda e podem produzir efeitos excitatórios centrais, produzindo dor reflexa. Alguns fatores etiológicos foram associados à dor miofascial, tais como: trauma, hipovitaminose, fadiga, infecções virais, vida sedentária, estresse emocional, estímulos de dor profunda. Os efeitos excitatórios centrais podem aparecer como dor reflexa, hiperalgesia secundária, co-contração protetora, fenômenos autonômicos. Os pontos álgicos podem estar num estado ativo (produzem excitação central) ou inativo (não produzem).

Considerações sobre a dor muscular crônica. Quando a dor miogênica persiste, uma desordem de dor crônica mais complexa pode se desenvolver. Com a cronicidade essa desordem se torna mais influenciada pelo SNC, resultando em uma dor mais regional ou, até mesmo, global. Para que ocorra a cronificação considera-se a duração da dor (mais que 6 meses) e a continuidade da dor (se existe ou não remissão).

DTM

É definida como um conjunto de disfunções músculo-articular, onde a mastigação, a movimentação da mandíbula e suas ATM podem apresentar alterações importantes durante seu funcionamento. Apresentam como características clinicas como: dores musculares na face; com perda da capacidade de mastigação; desvios na abertura de boca; ruídos ou crepitações nas ATM; dores de cabeça na região fronto-parietal, sendo comum associadas as enxaquecas/migrâneas, problemas otológicos e neurológicos, podem também confundir o clinico na tomada de diagnostico diante de uma simples dor de dente.

Alguns fatores podem prolongar a condição de dor muscular. São os fatores perpetuantes, que podem ser: Locais: 1) causa prolongada (falha de tratamento de uma mialgia aguda); 2) causa recorrente (o paciente apresenta epsódios de recorrência de um mesmo fator etiológico que gerou uma condição migênica aguda - bruxismo do sono); 3) terapia não adequada. Sistêmicos: 1) estresse emocional contínuo; 2) baixa regulagem do sistema descendente inibitório (aumento de estímulos nociceptivos que chegam ao córtex); 3) distúrbios do sono; 4) comportamento aprendido; 5) ganho secundário; 6) depressão.

Dor Orofacial

A dor orofacial é uma condição de dor associada aos tecidos da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral. Incluem-se, entre outras, as dores de cabeça, dores com origem no sistema nervoso, dores psicogênicas (relacionadas com fatores psicológicos) e dores por doenças graves, como tumores. O tratamento deve ser realizado por uma equipe de profissionais: dentistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, pois essa condição deve ser abordada com uma visão do paciente como um todo, não se tratando apenas a dor no momento em que o indivíduo a está sentindo.

As dores mais comuns na região da face são as dores de origem dentária na população em geral, mas levantamentos sobre atendimentos de pacientes que apresentam disfunções da articulação temporomandibular (ATM, a articulação do osso temporal com o osso mandibular).

DOR – aspectos comportamentais / cognitivos

Por ser caracterizada por dor crônica, fatores cognitivos e comportamentais são de extrema relevância. (Siqueira, 2001). Esse conceito sugere que o diagnóstico em DTM deve englobar o aspecto físico, da forma corriqueira como se faz, e os aspectos emocionais e comportamentais dos pacientes. Isto significa que a despeito da presença dos achados clínicos habituais que compõe a sintomatologia do paciente com DTM e indicam o diagnóstico, podem existir diferenças nos aspectos psicossocial e comportamental, as quais podem exercer papel decisivo na avaliação final e no prognóstico. (Rudi et al., 1998). Portanto, a dor na DTM é multifatorial, produz disfunções neuronais, altera o comportamento, favorece o surgimento de quadros psicológicos, ou psiquiátricos, provoca incapacidade, altera o convívio familiar, social e profissional, causando sofrimento e depressão. (Siqueira, 2004).

A dor, além de gerar estresse físico e emocional e perdas para os doentes e seus cuidadores é razão de fardo econômico para a sociedade.

Atuação na área de DTM – DOR OROFACIAL

  • DTM Musculares e Articulares
  • Dores Miofasciais
  • Bruxismo do sono
  • Apnéia e ronco primário
  • Neuralgias da face
  • Neurites periféricas
  • Cefaléias secundarias
  • Postura e cervical
Laserterapia

O laser de baixa intensidade tem sido usado com muito sucesso na Odontologia. A metodologia é simples e pode ser integrada como auxiliar da terapia para tratamentos convencionais ou usada isolada como modo alternativo em algumas patologias.

  • Alívio da dor
  • Reparação tecidual
  • Clareamento dental

A laserterapia é bastante eficaz no tratamento da hipersensibilidade dental que está associada a uma dor aguda, súbita e de curta duração. A hipersensibilidade pode ocorrer durante ou após a restauração dental, pela retração da gengiva, e após o clareamento dental.